terça-feira

Viajar de comboio

Nesses dois meses que estou em Portugal, já consegui fazer pequenas viagens às cidades mais próximas do Porto. Os municípios ao norte estão sendo, por enquanto, nossos principais destinos: Guimarães, Braga, Aveiro e, por último e mais ao sul, Coimbra. Fazemos tudo de comboio, os trens de Portugal. 

A Caminhos de Ferro Portugueses - CP - corta o país inteiro, de norte a sul; de Porto a Faro; de Évora a Guarda; de Valença a Lisboa. Basta escolher o lugar (o sítio!) que quer ir, com que rapidez quer chegar e desembarcar na estação mais próxima. Ah, se o Brasil também fosse inteiramente transpassado por linhas ferroviárias... 

Algumas viagens são um bocadinho mais caras, sendo mais em conta viajar de autocarro (ônibus), por exemplo, ou de avião, quando o plano é viajar pela Europa, em companhia aéreas low cost. E, é claro, que a viagem também fica mais cara se escolher classes mais luxuosas ou trens mais rápidos, como o Alfa Pendular. 



A extensão da malha ferroviária da CP alcança, hoje, os 2800 km e transporta mais de 130 milhões de passageiros por ano. Em 1856, foi realizada viagem inaugural em trecho que compreendia Lisboa e Carregado. Daí para frente, são mais de 150 anos de história e obras de ampliação da malha ferroviária.



Os trens são muito confortáveis e as estações são abertas. Nada de catracas! Em viagens menores, basta comprar ou recarregar o título do bilhete CP em máquinas de venda automática ou nas bilheterias e validá-lo quinze minutos antes da hora prevista de partida do comboio. As regras aqui são muito rígidas: fiscais passam pelos vagões para conferir se seu bilhete foi realmente validado e, se não foi... a multa é de cem vezes o valor do título! O que tem de turista desinformado que leva bronca e vai parar na delegacia não é brincadeira... 

Pois, pois, sigamos em frente. Bilhete validado, diário de bordo na mochila, câmera carregada e um lanche para comer no caminho. Próxima estação: descobrir Portugal!  

Um comentário:

Carlos disse...

Puxa, Camilla, seu texto só aumenta a minha vontade de conhecer o Velho Mundo!