Tenho medo do mar.
Por ser imenso, por não saber nadar muito bem, por ter receio
de me perder. Será?
É a ideia de infinito que me afoga. E de uma liberdade praiana
que te despe e te prende na rede.
Nunca morei tão perto dele como agora. Tão perto de água - sempre preferi navegar por mares de asfalto.
Por aqui, em todo canto do centro histórico do Porto, é
possível ver o Rio Douro e, caminhando por pouco mais de uma hora por suas
margens, já se encontra a Foz, região da cidade muito procurada pelos turistas
que querem apreciar as ondas do Oceano Atlântico.
A praia tem a ver com felicidade dos outros e, observando o
mar de longe, não me encontro (custa reconhecer-me) dentro dele. Isso me
incomoda, mas, gosto que seja assim.
Rua do Passeio Alegre. Ao fundo, o Rio Douro. Porto, fevereiro de 2012. |
*
Este post combina com o depoimento do poeta Sérgio Vaz sobre
a beleza controversa de Paraty, durante a FLIP 2011, em entrevista à TV Folha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário