quarta-feira

Refúgio

Das vezes que nos damos conta de que o abrigo do paulistano solitário está em observar as janelas vizinhas, alinhadas nos prédios feito prateleiras, na tentativa de fugir do embaraço do lado de dentro de sua toca de quatro paredes. Em cada andar examinado, quantas janelas? Quantas vidas? Quantos problemas? Quantas particularidades? Quantas suposições? Cortinas, luzes amarelas, venezianas, nuvens. Todas empilhadas.

Meu refúgio de mim são as janelas. 

Prédio próximo ao Minhocão, São Paulo, 2012. 

Nenhum comentário: