segunda-feira

Toy Story 3: E o Caco?

 Semana passada, eu finalmente consegui assistir Toy Story 3! (Eu sei, fui uma das últimas a assistir esse filme no cinema – e não foi em 3D, mas tá valendo. Aqui em São Paulo, pelo menos, ele praticamente já saiu de cartaz).



 Senti saudades. Como todo mundo que assistiu também sentiu. Saudades da fita do Toy Story (o número um) que ganhei. Quem se lembra de quando esse filme lançou? Todos nós olhávamos encantados para as telas de cinema, para os detalhes daqueles brinquedos que falavam e da maneira como aquela animação (tão real!) foi feita. Não pareciam atores de verdade?

 

 Hoje, já acostumados com a presença da computação gráfica nos nossos dias e também já nos familiarizando com o 3D (chegará o dia em que os óculos 3D serão item obrigatório para usarmos ao sairmos de casa. Afinal, em toda esquina haverá algum aviso ou alguma publicidade em terceira dimensão. Vocês duvidam?), o sentimento que tivemos naquela sala de cinema não foi de espanto frente à tecnologia daquele filme. O sentimento foi de reencontro.

 Dez anos depois do Toy Story 2, lá estava eu, dentro de uma sala de cinema cheia de marmanjos da minha idade. Mal havia criança por lá. Quem estava lá éramos nós, Andys, chorando com a cena final. Lembrando da infância, dos momentos das tardes da década de 90 de Toy Story e do presente dentro da faculdade, na vida adulta.



 Lembrei do Caco.



 O Caco foi o meu melhor amigo por muito tempo. Meu macaquinho de pelúcia que me acompanhou em muitos lugares. Fazia tudo com ele! Acordávamos juntos, almoçávamos e brincávamos, por muitas horas, por muitos dias. Lembro do dia que fui a um bazar com minha mãe e minha vó e eu o perdi em uma das gôndolas de roupas. Quase enlouqueci! Tinha sido como perder um filho ou um pedaço de mim. Por sorte, eu o encontrei novamente e fiquei agarrada nele por mais muito tempo (nem sei se ele conseguiu respirar, de tanto que eu o sufocava), como quem não quer viver um futuro longe do melhor amigo ou perder o que foi vivido com ele. Dentro da sala de cinema, com as luzes já se acendendo, pensei: “Por onde andará o Caco?”. Nem me lembrava mais dele. Como aquilo era possível? “Estaria em ‘Sunnyside’ ou no ‘sótão’?"



 Muitos dos meus brinquedos já estão em Sunnyside, cumprindo a função deles. A do divertimento. Do companheirismo. Da magia. Da infância. E fico feliz em saber que um objeto que me trouxe muita fantasia está fazendo o mesmo com alguma criança em algum canto desse mundo.



 Ontem de tarde eu achei o Caco e fingi ser criança por mais alguns minutos. Ele estava dentro de um saco plástico (alguma semelhança com o filme?), junto dos poucos bichinhos que sobraram, e que ficaram ali por algum motivo especial. Não sei se está na hora de mandar o Caco para Sunnyside ou para a Bonnie. Não sei se ele continuará no sótão, ao lado dos livros, documentos velhos e da árvore de Natal, lá no "sótão". Não sei se ele ficará para os meus filhos e netos. E também não sei se eu o levarei comigo para a faculdade e para o trabalho – para a vida adulta, idade da emancipação dos brinquedos.



 Mas sei da importância que o Caco teve na minha infância.



 E da importância que tantos outros brinquedos que não estão mais comigo tiveram e têm, na mão de outras crianças, até hoje. A importância de trazer a felicidade infantil e da capacidade de sonhar com o impossível. Essa importância, sim, vai ao infinito e além.

 

8 comentários:

Camilla Wootton Villela disse...

E, por falar em Toy Story, quem assistiu o curta Dia & Noite (Day & Night), que passa antes do filme começar?
Foi uma das coisas mais lindas que já vi na vida. Não pisquei os olhos. A mensagem é de uma sutiliza... É lindo!

Alguém achou ele na net? Só achei trechos :/

Mary disse...

Como vc tem uma mãe sem memória, pelo menos o Caco pode lembrar de um momnte de coisas que fez com você na infância. Mas, o coletinho dele foi feito por mim. rsrs

Anônimo disse...

[Silver] Cacos da vida, as vezes reencontramos alguns, como o Max, ou o Tody...(Um cachorrinho simpatico que tem piercings, tatto e uma coleira de verdade, rs)

Ainda não vi o filme, e provavelmente só verei mais pra frente, bem a frente mesmo.

Semana passada estava na casa de um amigo e vi raros exemplares de bonecos que fizeram parte da minha infancia, fez bem.

Bruno disse...

Que bom que a senhora colocou foto do Caco. Já ia gritar! rs

Quando era criança (ontem) eu tinha um coelho FOFO FOFO chamado Blossom (rs) ele era macho, mas vc acha que isso me impediu de colocar um nome de mulher nele? Nunca. Ainda o tenho, guardado por aí...

By the way, nunca vi nenhum filme Toy Story, vc acredita?

|Cami| disse...

Adorei o post, xará!!

Ele me emocionou da mesma forma que o filme fez: um misto de saudade, alegria e uma pitada de tristeza.

Senti vontade de tentar achar alguns brinquedos que marcaram a minha infância - e de assistir todos os Toy Story, de uma vez /o/

Por sinal o primeiro Toy Story é de 96, certo?? Lembro porque foi o ano que meu irmão nasceu x)

Maravilhoso, moça!!

Beijos!!

juliana disse...

vc acredita q eu ainda nao fui ver esse filme??to morrendo d vontade de ver, mas acho q agora só quando sair em dvd neh..

achei mtoo fofo o Caco,nao conhecia ele.Só o Astolfo.

quando eu ver o filme dou meus pitacos...parece ser mto bom.
saudades enormes
beijos lindinha

obs:sempre que possivel eu leio seu blog, mas as vezes nao da tempo d comentar..

Camilla Wootton Villela disse...

É, dona Mary...!

Anderson, quando você for ver o filme, me chama tá? rs.

Ah, Bruno, e eu ia deixar de colocar uma foto do Caco? Nunca! Adorei a história do Blossom. E o senhor tem que assistir o Toy Story, né!

Cá, minha super xará, então, pelo visto, o que eu senti também foi sentido por você! E acho que pela maioria dos jovens que têm a nossa idade e que cresceram junto com o Andy.

Ju, minha maninha linda. Obrigada pelo carinho de sempre! Estou com saudades!

PS: Olha como eu fui bonitinha: Respondi os comentários de todos :]

Iris disse...

Oi meu biscoitinho!
Eu me lembro do Caco em seus braços, acho que quando você o perdeu se sentiu perdendo um filho, vejo que ele´foi e é importante para você, ele faz parte de sua existência.
Não disfarce em ser criança, NUNCA! pois a nossa criança está dentro de nós e temos sempre que coloca-la a amostra. Eu sou a favor de você resgatar o CACO e mante-lo ao seu lado, como nos velhos tempos (que não é tanto assim).
Beijos em voce e no Caco!
titia biscoitona